"Tudo leva a pensar" que refém na Somália foi morto

O ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, declarou hoje que "tudo leva a pensar" que o refém francês na Somália Denis Allex foi "abatido pelos captores", durante uma operação das forças especiais francesas.
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Os islamitas somalis "shebab", que sequestraram Denis Allex, afirmaram que o refém estava vivo.

A operação, realizada hoje de madrugada, desencadeou combates de "grande violência", que "levam a pensar que Denis Allex foi abatido pelos captores", disse Le Drian em conferência de imprensa.

O ministro acrescentou que um soldado francês tinha sido morto na operação e outro desapareceu.

Inicialmente, o ministério afirmou que dois soldados tinham morrido, além do refém Denis Allex, também agente das forças especiais da Direção geral da segurança externa (DGSE).

Os "shebab" - aliados da Al-Qaida - afirmaram que o refém francês continua vivo e que detinham "um soldado francês ferido" na operação.

Denis Allex foi sequestrado a 14 de julho de 2009 e é um dos nove franceses sequestrados no estrangeiro, todos no continente africano. Pelo menos seis são reféns da Al-Qaida no Magrebe Islâmico (AQMI) no Sahel.

Os rebeldes acrescentaram que os comandos franceses levaram "vários mujaidine mortos ou feridos nos combates", num comunicado enviado à agência noticiosa francesa AFP.

"O soldado francês ferido encontra-se agora sob a guarda dos Mujaidine e Allex continua em segurança, longe do local da batalha", que decorreu a 110 quilómetros a sul de Mogadiscio, garantiram os rebeldes.

Os islamitas somalis ameaçaram a França de que vai sofrer as "consequências amargas" desta operação militar.

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